Clarinetista

Ainda não posso dizer que sou clarinetista. Por ora, tenho já em mãos alguns dos elementos necessários mais importantes para que tal afirmação possa vir a ser verdadeira num futuro não muito pra lá de equo-distante da realidade: um clarinete, uma tabela de digitação em todos os registros (chalumeau, clarino e altissimo), dois pulmões, um diafragma, algumas partituras com exercícios e um paninho para enxugar o dilúvio universal que se produz dentro do instrumento a cada humilde tentativa de tocá-lo.

Para ajudar-me mesta empreitada, conto com um belíssimo clarinete francês Selmer Série 10, um modelo histórico da tradicional fábrica francesa criada por Henri Selmer na capital gaulesa em 1885. Se minhas investigações me permitirem ser preciso, meu clarinete foi construído 89 anos depois, no ano de 1974.

Marco, futuro clarinetista

A cada dia, uma nova descoberta. Passagens de uma nota a outra vizinha que exigem esforço e concentração enormes, partituras transpostas que só vêm a confundir a relação de alturas que eu achei que já conhecia, pressão do ar emitido, sua velocidade, colocação e direção… todo um mundo novo a ser desfolhado com infindas indagações e umas poucas respostas.

Clarinete Selmer que ora vive nos Estúdios Chorísticos Irineu de Almeida
Clarinete Selmer que ora vive nos Estúdios Chorísticos Irineu de Almeida
Um simples câmbio de palheta oferece novos horizontes
Um simples câmbio de palheta oferece novos horizontes

Tenho contado com a imensurável ajuda de vários amigos clarinetistas para enfrentar esse desafio. Grato a todos vocês. De minha parte, faço o que posso… vamos, pois, ver no que é que isso vai dar.