Bandolim - Regional Matuto
Bandolim – Regional Matuto
Regional Matuto (photo: Petja Harati)
Regional Matuto (photo: Petja Harati)
Lançamento do álbum "Acabou o sossego…" em São Paulo, abril/2014
Lançamento do álbum “Acabou o sossego…” em São Paulo, abril/2014
Marco Ruviaro – foto divulgação 04

Marco Ruviaro

Violonista, bandolinista e compositor, desenvolvo intensa atividade musical como bandolinista e violonista no Brasil e na Europa. Desde 2007, divido minha residência entre a Itália e a minha cidade natal, São Paulo. Meus projetos atuais estão relacionados aos gêneros mais importantes da música popular brasileira, como Samba, Choro e Bossa-Nova.

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Choro de Rua (+info)
Marco Ruviaro, violão 7 cordas; Barbara Piperno, flauta.

Regional Matuto (+info)
Marco Ruviaro, bandolim; Fernando de la Rúa, violão 7 cordas flamenco; Marco Zanotti, pandeiro; Barbara Piperno, flauta.

Duo Baguá (+info)
Marco Ruviaro, bandolim; Fernando de la Rúa, violão 7 cordas flamenco.

Marco Ruviaro & Cesar Garabini (+info)
Marco Ruviaro, bandolim; César Garabini, violão 7 cordas.

Alguns projetos anteriores

Circolo Odeon
Marco Ruviaro, bandolim; Rocco Papia, violão 7 cordas; Marco Zanotti, pandeiro; Barbara Piperno, flauta; Tim Trevor-Briscoe, clarinete.

Brasileirices Choro Trio (+info)
Marco Ruviaro, bandolim; Roberto Taufic, violão; Gilson Silveira, percussão.

Trio Desvairada
Marco Ruviaro, bandolim; Denis Julien, violão 7 cordas; Luigi Gentile, cavaquinho.

Choro na Manga
Marco Ruviaro, bandolim; Fabrizio Forte, violão 7 cordas.

Projeto Nem choro nem vela… Villa!
Marco Ruviaro, violão 7 cordas; Patricia Endo (www.patriciaendo.com), soprano.

Duo Feijão com arroz
Marco Ruviaro, violão 7 cordas; Sabrina Mogentale, voz.

Quinteto em Cinco
Marco Ruviaro, bandolim e violão 7 cordas; Alexandre Ribeiro, clarinete; Paulo Veríssimo, violão 6 cordas; André Pires, cavaquinho; Elson Leônidas, pandeiro.

Língua Brasileira
Marco Ruviaro, bandolim e violão 7 cordas; André Parisi, clarinete; Marco, violão 6 cordas; Cesinha, cavaquinho; Marcão, violão; Xaliba, pandeiro.

Música em várias direções, como as cordas de um bandolim
Música em várias direções, como as cordas de um bandolim

História

O meu primeiro contato com música foi através do meu avô Cyro Tucunduva, o Chuvinha, que era solista de Choro de alguns regionais entre as décadas de 40 e 60. Aprendi algumas músicas ao bandolim quando tinha aproximadamente 5 ou 6 anos, notadamente “Conversa de Botequim”, um samba de Noel Rosa,“Brasileirinho”, um samba de Waldyr Azevedo, e  “Noites Cariocas”, um dos mais famosos choros de Jacob do Bandolim. Entretanto, a segunda parte deste choro eu não tocava completa, pois me perdia no trecho onde há uma breve modulação (de Dó a Mi maior)…

Apesar de ser o instrumento em que executei minhas primeiras notas, somente a partir de 2002 o bandolim voltaria a fazer parte da minha atividade profissional.

Em 1989, iniciei os estudos regulares de música, tendo aulas de guitarra e, posteriormente, violão, que se tornaria meu instrumento principal. Um grande incentivador foi meu tio Lino Tucunduva, que me ensinou a tocar algumas peças de violão solo, como por exemplo “Astronauta”, de Baden Powell. Apesar da minha formação solista, desenvolvo tanto repertório solo quanto camerístico, seja com o violão, seja com o bandolim.

Estudei ainda um dos meus instrumentos prediletos, o violoncelo. Tive aulas regulares por aproximadamente um ano e meio, até 2001. Entretanto, as atividades profissionais não me davam tempo para prosseguir com os estudos de violoncelo, então fui obrigado a abandoná-lo… mas, como o ímpeto por estudar coisas novas há sempre, e como variar é sempre bom, em 2013 comecei a estudar clarinete.

Tocando ao contrário

Por ser canhoto, mas especialmente por não ter recebido uma boa orientação desde o princípio, eu toco ‘de ponta-cabeça’, como dizem alguns amigos. Diferentemente do Canhoto da Paraíba, que empunhava ao contrário um violão destro, eu utilizo instrumentos totalmente adaptados.

No âmbito neurológico, há sérias controvérsias quanto a vantagens ou desvantagens dessa inversão; eu mesmo sou bastante cético. Na minha modesta opinião, limito-me a dizer — por experiência própria — que ambas as mãos de um canhoto podem aprender a fazer qualquer coisa, mas a mão esquerda (pelo menos a minha) sempre será capaz de fazer melhor.

Instrumentos

Violão Meu primeiro violão, assim como o de grande parte dos violonistas brasileiros, foi um Di Giorgio — que me fora emprestado por três grandes amigos, Paulo César, Edu e Neco — e é o instrumento com que estudei durante muito tempo. É um instrumento tão interessante que eu o utilizei em algumas gravações em 2020, durante o primeiros meses da pandemia. Em setembro de 1999, encomendei ao luthier paulistano João Batista um violão 7 cordas, de jacarandá e tampo de cedro, que utilizo até hoje. Dezoito anos depois, em novembro de 2017, recebi das mãos do luthier argentino Rodolfo Cucculelli um novo violão 7 cordas feito especialmente para mim, de cipreste e tampo de cedro, um instrumento de alta qualidade, leve, robusto e de sonoridade excepcional.

Bandolim O primeiro instrumento que segurei em mãos, quando eu tinha 4 ou 5 anos, foi o bandolim que pertenceu ao meu avô, um Del Vecchio construído em 1974. Em abril de 2003, encomendei ao luthier Vergílio Lima, da cidade de Sabará (Minas Gerais), um novo instrumento, um bandolim de 10 cordas de excelente timbre. Em abril de 2012, ficou pronto uma verdadeira jóia: um bandolim 10 cordas, todo em faia, feito especialmente para mim pelo luthier Pedro Santos, da cidade de Guanambi (Bahia). Em fevereiro de 2020, ficou pronto uma jóia rara, que marca o meu retorno ao tradicional bandolim de 8 cordas: recebi das mãos do luthier Agnaldo Luz o melhor bandolim em que já toquei até hoje.

Cavaquinho Sem querer, em fevereiro de 2023 caiu em minhas mãos um cavaquinho feito pelo luthier Barros, que estava com o ultra-músico e camaradaço Vitor Casagrande. O instrumento, construído em 2008, soou tão bem com as cordas canhotas que comecei a estudar uns choros e uns forrós – inclusive, gravei com ele o Brasileirinho (assista aqui no YouTube), e o som desse instrumento é incrível.

Clarinete Para dar uma variada e escapar da família das cordas, em setembro de 2013 meu camarada Tim Trevor-Briscoe me ajudou na compra de um clarinete: a escolha foi um Selmer S10, clarinete de fabricação francesa datado de 1974 (escolha acertadíssima, vale dizer). De clarinete em mãos, sigo no esforço de aprender a tocá-lo e arriscando alguns choros nas rodas.

Violoncelo Estudei violoncelo usando um instrumento de origem chinesa, com algumas partes modificadas pelo luthier Ivan Guimarães, de quem o comprei em novembro de 1998, junto a um arco de origem alemã, bastante razoável para estudo. Um novo cavalete foi feito pelo luthier Luigi Bertelli. Estudei até meados de 2002, e desde então não voltei a praticar violoncelo (não tinha tempo pra tocar todo esse monte de instrumento).

Guitarra Meu primeiro instrumento, de nível vergonhoso, não merece comentários. As duas guitarras que possuo são uma Finch Les Paul, feita sob encomenda em 1991 em uma loja no centro de São Paulo, utilizada no início de meus estudos, e uma Samick KR570, adquirida em 1996, uma guitarra coreana bastante honesta nos seus propósitos. Apesar de ter-me distanciado bastante da guitarra elétrica desde 1999, eis que um dia resolvi reaproximar-me da guitarra e, em junho de 2022, comprei finalmente uma Paul Reed Smith, a melhor guitarra que já tive na vida – e, devo admitir, tocar guitarra é divertido pra caramba.